Passamos um terço da vida dormindo. Será uma grande perda de tempo ou será uma necessidade para o ser humano? Vários estudos indicam que se você ficar sem dormir por 24 horas, seus sentidos serão afetados, se permanecer 48 horas, poderá entrar em delírios e não conseguirá raciocinar. Há riscos provocados pela falta de sono em longo prazo como a falta de vigor físico e a diminuição do tônus muscular, o envelhecimento precoce, enfraquecimento do sistema imunológico, e o desencadeamento da obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, gastrointestinais e até perda crônica da memória.

No livro dos recordes, o máximo alcançado foi de 164 horas sem dormir. Mas e a redução de algumas horas de sono por dia, o que pode ocorrer? Um estudo, realizado em 1935, no qual um jovem de 24 anos deveria dormir por volta de cinco horas diárias, durante um período total de dez dias precisou ser interrompido, pois a partir do quarto dia o jovem passou a apresentar delírios e ficou tão agressivo que manter o estudo poderia causar danos irreversíveis para ele.

Dorme-se um pouco menos entre os 40 e 60 anos e um pouco mais na velhice e infância.

Contudo, as crianças e os adolescentes estão dormindo cada vez menos, pois estão dormindo cada vez mais tarde, fugindo da tradição de nossos antepassados que iam para a cama assim que o sol se punha. Esse movimento de dormir mais tarde reflete uma vida agitada, que começa cedo para ir à escola e termina a noite quando voltam para casa. Eles fazem cursos de inglês, redação, academia, balé, judô, plantões da escola, entre outras atividades que os deixam “ligados” até altas horas e aí vão dormir lá pelas 23h, 24h ou 1h. E acordam que horas? 6h, 5h30 e até 5h da manhã, ou seja, estão dormindo menos que nove horas por noite, tempo necessário para que os hormônios do sono atuem (leptina – neuromodulador responsável por controlar a saciedade, cortisol-que atinge seu ápice de manhãzinha e o hormônio do crescimento – importantíssimo na fase infantil).

No programa Fantástico, do dia 30/08/2015, o assunto foi colocado em pauta e os alunos e profissionais de saúde entrevistados, foram unânimes em afirmar que estamos criando não alunos, mas sim “zumbis”, que saem de casa muito cedo e que vão tentar compensar o sono no trajeto á escola ou na própria sala de aula.

O sono é importante, pois atua no corpo regenerando tecidos, relaxam os músculos, secretando vários hormônios, deixando o corpo preparado para mais um dia de atividade.

Assim, os horários do inicio das aulas na parte da manhã devem ser revistos, assim como os hábitos alimentares após as 18h (alimentos ricos em substâncias estimuladoras como café, chá mate e chocolate devem ser evitados), já as atividades relaxantes e sem agitação, devem ser inseridas para “reduzir a velocidade” dos jovens, preparando o jovem para um sono tranqüilo e suficiente.

 

Por: Professor Wilmar Puccia Júnior, Coordenador do Colégio Arkadia e do Curso Sei.

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